domingo, 20 de janeiro de 2013

Um problema, duas soluções

Há duas soluções para o mesmo problema. Enxergar tudo de fora, imparcialmente e sofrer com isso ou encarar aquilo de frente, de peito aberto, enfrentando todas as consequências.
Óbvio que o mais certo é também o mais difícil. É difícil até mesmo de dizer a si mesmo que as coisas estão realmente ruins, que devemos sair dessa inércia e tomar uma atitude. Mas, o fazer com o que nos deixa preso ao chão?!
Acho que esse tipo de reflexão deveria ser feita diariamente, antes de dormir, ao acordar, não importa. Só tentar melhorar, de fato, sem mentir a si mesmo, fingindo que está tudo bem, porque não está. E mudar, mesmo que as consequências sejam doloridas demais e abram feridas, um dia elas se curam.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Simplesmente idiota

Preciso do amar. Preciso dele como uma droga, um virus que consome as partes, a bactéria sem remédio, imune aos adventos do amar. E então, fico impotente, passo despercebida como uma espécie de morte social, uma vaga sombra no meio da multidão. Incomunicável.
Preciso tanto que me rendo. Ignoro o sol que bate na janela, a lua que brilha no céu. E tudo ao redor vira patético, insuportável porque não é você, não tem a sua forma ou até mesmo o seu cheiro.
Não tem o seu doce, a sua mão macia e a sua capacidade de me fazer sentir tão só. Se não me machuca não é você. Essa ambiguidade necessária, temporária, logo irá embora, eu sei que irá.

sábado, 17 de novembro de 2012

Último...

É sempre o último. O último porre, o último trago, o último café... E assim os vícios vão virando promessas. Estamos sempre em busca daquela sensação que sentimos pela primeira vez, então insistimos em mais 1, que virão 2, sem saber que o último é apenas uma ilusão. O último trago nunca é aquele programado, é um trago qualquer em um dia qualquer, o último café é um copo amanhecido na mesa e nem nos daremos conta de que de foi o último. 



domingo, 28 de outubro de 2012

Um dia de verão

O fato é que é precisar iniciar. Um novo começo, reconstrução de um passado ou manutenção do agora.
Mudanças são necessárias para que o inusitado tome forma. Permitir que novo caminho se trace, novas amizades adentrem e que elas sejam felizes. Dar aquela risada gostosa, sentir uma áurea milagrosa de um doce querer.
A única certeza que posso ter é de que tudo passa. Afasto-me do que me retém e foco. Deixo de lado coisas que possam pesar ao longo do caminho e vivo de coisas boas. Encaro os dias como se eles fossem mais um dia de verão. 

domingo, 30 de setembro de 2012

Vão te levando embora

Tão poderoso quanto a morte é a saudade. É como se houvesse em mim, a partir de então, uma parte morta, inapta, abandonada a solidão e ao mesmo tempo furiosa. 
É uma saudade egoísta, uma dor inconsolável. 
Sem resistência, sem amparo, sem pedir licença, apenas vão te levando de mim.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Rascunho

Se digo o que penso e que tenho vontade é porque tenho medo de não poder dizer novamente.
Se deixo pessoas que amo com palavras boas, não ache que são em vão, se digo é com sinceridade.
Se digo que te amo, não jogue pela janela, pois não é algo que digo duas vezes.
Se quero, mudo. Se não me satisfaz, reviro pelo avesso. Apenas não vou viver por viver e muito menos dizer por dizer. 
Aprendi que na vida devemos amar e dizer que amamos. Amo incondicionalmente. E se é um erro viver, assim tão intensamente, me julguem, não sei viver de outra forma. Acho que assim vale a pena, por quem foi, por quem fica, simplesmente viver.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Mudanças

Mudanças requer deixar coisas para trás, mas já tenho poucos objetos, poucas pessoas, poucas memórias.
A merda da saudade sempre sussurrando aos ouvidos, sempre a culpada, fazendo questão de frisar o quão distante você está das pessoas que você ama. Você que se sentia tão poderoso, percebe que é apenas um pedaço de merda, incapaz de controlá-la. Reconhece a fragilidade.
Mudanças deixam resíduos, mágoas. Não vejo felicidade em mudanças. Vejo acasos, casualidades, mas muito pouco provável destino. Uma evolução involuntária que você é obrigado a adaptar-se a essa merda de jogos de causas e efeitos que mudam tudo. Muda até você e quando você se dá conta, elas foram tão trágicas que você não pode fazer mais nada além de ir em busca de mudanças.


sábado, 11 de agosto de 2012

Algo maior

Pensei em caminhar, rever as lembranças, talvez apegar- a algo maior, talvez a Deus quem sabe. Mas logo percebo que a fé já desapareceu. Quem sabe ela nunca existiu e tudo ficou embrulhado em um passado, amarrado com um laço bem forte impossível de ser desatado. Vai ver seja melhor assim, do que viver a sua sombra, a sua espera.
Fiquei esperando você voltar com os olhos marejados de esperança, mas você não voltou e eu fiquei sentada esperando a tarde inteira. Seria bonito te ter aqui novamente, mesmo que fosse por um segundo de eternidade. Sei que isso não acontecerá, sei que já não posso mais ter fé, somente posso sonhar.

domingo, 29 de julho de 2012

Queria te ter pela sua totlidade, sem precisar te dividir ou compartilhar. Queria poder te retribuir a sua fidelidade, poder também te amar na incondicionalidade.
Queria que soubesse que se te tenho, tenho tudo que necessito e se me tens, tem tudo o que eu posso lhe oferecer.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

De mim ninguém deve saber nada além do que deixo transparecer, afinal ninguém é aquilo que aparenta, todos possuem segredos, personalidades inimagináveis, demônios dentro que são apenas seus, que os devora, mas que mesmo assim são seus.
Basta saber controlá-los e deixá-los consigo, quietos, adormecidos. Caso contrário, além de enfrentar seus demônios terá uma legião enfurecida ou uma reação contrária, mas que com toda certeza te julga, sem compreender quem de fato tu és.